Então, o que é exatamente um ‘gatilho para induzir o de estado de Flow’? Vários anos atrás, o co-fundador do Flow Genome Project, Steven Kotler, publicou um artigo brilhante na Harvard Business Review.
Em seu comentário perspicaz sobre o Flow na organização, ele compartilhou 17 gatilhos do Flow State de seu livro The Rise of Superman: Decoding the Science of Ultimate Human Performance.
Concisamente, os gatilhos para induzir o estado de Flow são condições (como Csikszentmihalyi frequentemente os descreveu) que facilitam a entrada em um estado de Flow. Esses gatilhos do estado de Flow podem ser de quatro tipos: psicológico, ambiental, social ou criativo.
Gatilhos psicológicos
As quatro estratégias a seguir são orientadas internamente e funcionam concentrando nossa atenção no presente; o que está bem à nossa frente ou a atividade em que estamos envolvidos. Para todas as atividades listadas acima para atingir um estado de Flow, a presença desses gatilhos pode definitivamente ajudar no processo. Eles incluem:
- Concentração intensa – Quando nos concentramos com atenção total em uma determinada tarefa. Não estamos envolvidos em atividades com outras pessoas. Como o pintor de Csikszentmihalyi, estamos sozinhos.
- Clareza do objetivo – vários estudos apóiam a ideia de que o objetivo pelo qual estamos trabalhando deve ser inequívoco. De acordo com Kotler, isso significa que a tarefa em mãos precisa ser claramente delineada para que nossas mentes possam se concentrar no momento e na ação presentes. Em vez de se perguntar qual seria o próximo passo.
- Feedback imediato – Como diz Kotler: “Metas claras nos dizem o que estamos fazendo; feedback imediato nos diz como fazer melhor”. O feedback instantâneo também alinha nossa consciência e atenção, de acordo com as primeiras definições de Csikszentmihalyi sobre a natureza de um estado de Fluxo.
- Proporção de desafio para habilidades – tarefas muito desafiadoras podem nos fazer sentir sobrecarregados, despreparados para enfrentá-los e ansiosos. Uma tarefa muito simples, por outro lado, pode induzir ao tédio. Para desencadear o fluxo, uma meta deve estar a meio caminho entre esses dois extremos, acredita Kotler.
Gatilhos ambientais
Ao contrário dos quatro gatilhos psicológicos que consideramos acima, os gatilhos ambientais são aspectos do nosso ambiente que nos ajudam a entrar em um estado de fluxo.
- Altas consequências – Nossa concentração e foco são instintivamente aumentados quando detectamos uma sensação de perigo em nossos ambientes. Esta é uma ameaça subjetiva e percebida. Para alguns, pode ser falar publicamente ou abordar outra pessoa. Para os atletas radicais que Kotler entrevista, pode ser um perigo físico mais imediato.
- Ambientes ricos – Quando estamos em ambientes novos, complexos e dinâmicos ou imprevisíveis, nosso foco e atenção são aprimorados. No que diz respeito à complexidade ambiental, ela desvia nossa atenção para as diferentes informações que nos chegam.
- Incorporação profunda – Aqui, Kotler está se referindo à consciência física total, e quando discutimos o Flow na psicologia do esporte em um breve momento, isso pode fazer mais sentido. Resumidamente, relaciona-se de certa forma com nosso senso de controle sobre nosso desempenho físico e a ligação entre esse controle percebido e a realização de metas.
Gatilhos sociais
Os gatilhos sociais têm grande importância se estamos tentando gerar um maior Flow de grupo. Algumas aplicações práticas incluiriam esportes coletivos e dinâmicas de grupo de trabalho.
- Concentração séria – não estamos sozinhos para este tipo de Flow, mas precisamos nos concentrar como uma equipe no presente, excluindo distrações externas.
- Objetivos claros e compartilhados – embora semelhante à menção anterior de Kotler de um objetivo claro como um gatilho psicológico, isso tem implicações na forma como nos comunicamos em grupos.
- Boa comunicação – prestando atenção e aproveitando o que os outros contribuem para as discussões em grupo.
- Familiaridade – refere-se a uma linguagem coletiva dentro do grupo, estendendo-se além da expressão verbal para abranger pistas não-verbais também. É fácil ver como isso pode estar intimamente ligado à cultura organizacional em um contexto de trabalho.
- Participação igual e nível de habilidade – no local de trabalho, isso significa que diferentes participantes devem ter um papel igual a desempenhar na execução de um projeto. Está ligado à ideia de que uma certa proporção de desafio-habilidade será ideal para membros do grupo que estão igualmente equipados para lidar com a tarefa.
- Risco – fortes paralelos para este com o gatilho ‘Rich Environments’ para indivíduos. Kotler vincula isso muito bem à ideia de que inovação e risco andam de mãos dadas.
- Senso de controle – sem conseguir vincular nossas ações grupais ao objetivo coletivo, não há centelha de motivação intrínseca. Também não nos sentiremos adequadamente equipados para tarefas consideradas muito difíceis.
- Escuta atenta – ao que está sendo dito, aqui e agora.
- Sempre diga sim – nas palavras de Kotler, “as interações devem ser aditivas mais do que argumentativas”, pois isso gera impulso e abriga um espírito colaborativo.
Gatilhos criativos
- Criatividade – Kotler desdobra esse conceito em reconhecimento de padrões e tomada de riscos. Pense em como a famosa maçã caiu na cabeça de Newton antes que ele propusesse corajosamente o conceito de gravidade para ter uma boa ideia do que ele está discutindo. O fluxo aciona a criatividade, que aciona o fluxo e assim por diante em um efeito dominó.