Embora a maioria de nós não durma o suficiente hoje em dia, todos sabem que o sono é importante: os seres humanos precisam dormir para viver e funcionar. Mas o que muitas pessoas não sabem ou não entendem sobre o sono é a importância dele para nossa sensação geral de felicidade e bem-estar.
Há toneladas de pesquisas que apóiam os benefícios puros para a saúde de um sono adequado. A privação do sono aumenta o risco humano de muitos tipos de complicações de saúde, aumentando nossas chances de tudo, desde diabetes a doenças cardíacas e câncer, além de enfraquecer o sistema imunológico em geral (o que também nos torna mais vulneráveis a doenças infecciosas).
Para uma ótima saúde, precisamos dormir. Também sabemos que a falta de sono nos deixa menos alertas, retarda os tempos de reação e prejudica a memória – portanto, além da saúde física, também há um enorme custo mental por não dormir o suficiente. (Curiosidade: os humanos são as únicas espécies no planeta que se privam do sono. Às vezes, ser “avançado” não é tão avançado!)
Qualquer um que já tenha lidado com insônia ou um bebê com cólica sabe por experiência própria que estar cansado nos deixa mal-humorados. Uma pessoa exausta não é uma pessoa feliz.
Mesmo sabendo que nosso trabalho e humor sofrem quando estamos cansados, muitos de nós ainda interrompemos o sono regularmente porque estamos “ocupados” e presumimos que alguns minutos aqui ou ali não são grandes coisas. Mas é um grande negócio, e os efeitos cumulativos se aproximam de nós.
Mas existem sutilezas sobre o sono que podem nos ajudar ainda mais:
Por exemplo: os especialistas concordam que a maioria dos adultos precisa de uma média de cerca de 7 a 9 horas de sono por noite para uma saúde ideal. Um estudo recente da Universidade de Binghamton revelou resultados duplos que descobriram que os indivíduos que dormiam menos eram mais propensos a experimentar “pensamentos negativos repetitivos” ao completar tarefas definidas.
A descoberta mais reveladora foi que isso também era verdade para indivíduos que dormiam “o suficiente”, mas dormiam mais tarde à noite, sugerindo que não apenas a quantidade de sono, mas o momento desse sono é crítico. Os seres humanos parecem ser construídos para dormir à noite, apesar do que os autoproclamados “corujas noturnas” possam alegar.
Outro exemplo: o neurocientista da UC Berkeley, Matthew Walker, projetou um experimento que demonstrou que o sono inadequado faz com que os centros emocionais do cérebro “descontrolem”. Ao visualizar imagens neutras a perturbadoras, os sujeitos em seu teste tornaram-se 60% mais reativos a imagens negativas em comparação com os sujeitos que estavam bem descansados. O que significa que não dormir o suficiente torna nosso cérebro mais negativo, quer percebamos ou não.
Mesmo quando as pessoas descrevem seus próprios níveis de felicidade, estar bem descansado vem em primeiro lugar – os pesquisadores Daniel Kahneman (premio Nobel de Economia de 2002) e Alan B. Krueger descobriram em suas pesquisas sobre satisfação com a vida uma correlação direta entre a qualidade do sono e a felicidade geral.
Na verdade, eles descobriram que a qualidade do sono também era o fator mais influente na classificação do humor diário. Uma pesquisa recente da Gallup obteve os mesmos resultados: as pessoas que dormem adequadamente têm maior probabilidade de avaliar suas vidas como mais felizes.
Claro, há um pouco de ovo e galinha aqui: não podemos dizer com certeza que as pessoas que dormem mais são mais felizes ou as pessoas que são mais felizes dormem mais… dormir o suficiente o levará a uma saúde melhor e maior felicidade, por isso vale a pena tentar dormir a quantidade adequada de olhos o mais rápido possível.
Bons sonhos!
tradução do texto de NATALY KOGAN